Na publicação de hoje viramo-nos mais a Norte e regressamos a Janeiro para conhecer a minha visita à capital nortenha, o Porto.

Em comemoração de um ano de aniversário decidimos rumar ao Porto, aproveitando também para nos desligarmos do dia-a-dia habitual, aproveitando para conhecer um pouco melhor esta cidade. Pelos factores económico e temporal o voo doméstico da Ryanair foi a nossa opção como forma de nos deslocarmos até lá e tenho que admitir que adorei o facto de após ter lido cerca de 2 páginas do meu livro, a assistente de bordo comunicar que vamos começar a preparar para aterrar. Se tiverem sorte com o tempo como nós tivemos (um dia solarengo de inverno) vão a ver terra o tempo inteiro e no meio disto tudo parece que chegaram ao Porto em 20 minutos. 

Chegados ao aeroporto rumámos ao apartamento que tenhamos alugado durante estes 2 dias, que não nos podia ter deixado mais felizes! Uma decoração simples e uma varanda para a rua no coração da cidade, mais precisamente entre a Rua de Santa Catarina e a Avenida dos Aliados. 

No dia em que chegamos foi deixar as malas em casa, almoçar qualquer coisa e começar a conhecer os cantos à cidade, dando de caras com jardins cheios de senhores que por ali ficam a jogar às cartas e a discutir uns com os outros, ruas pitorescas e um pôr-do-sol visto do Mosteiro da Serra do Pilar, um dos meus locais preferidos desta cidade, pela sua incrível vista para a Ponte D. Luís e toda a zona ribeirinha do Porto e Gaia.

A manhã do dia seguinte começou cedo para aproveitarmos ao máximo. O dia esta reservado para: uma passagem pela Torre dos Clérigos, que não subimos para aproveitar esse dinheiro para outros locais que mais nos interessavam; visita à Livraria Lello, aqui sim decidimos pagar 4€ (que podem descontar na compra de livros) para entrarmos naquela que é considerada uma das mais belas livrarias do Mundo; uma ida ao Centro Português de Fotografia derivada da loucura por fotografia que o meu namorado anda atualmente, onde assistimos à exposição "Only You" de Leonardo Kossoy; um passeio pelos Jardins do Palácio de Cristal, onde demos de caras com o senhor Presidente da Câmara do Porto; uma subida ao "miradouro" do restaurante da Casa da Música, onde aproveitamos para descansar um pouco e aproveitar os raios de sol que iam aparecendo entre as nuvens de chuva; e por fim, aquilo que eu mais aguardava... a entrada na Fundação Serralves para conhecer a exposição "Materialidade e Metamorfose" de Joan Miró. 

Adorei esta exposição, e admito que a data da viagem foi marcada de forma a que ainda a conseguimos visitar. A sua exibição que tinha como data de encerramento o dia 28 de Janeiro, acabou por ser prolongada até 4 de Junho de 2017, por isso se tiverem oportunidade penso que não a devem perder. Apesar da quantidade de visitas de estudo que ali se encontravam tornando um pouco difícil por vezes ver de perto certas obras, vamos conseguindo apanhar no ar curiosidades bastante interessantes acerca das mesmas que os guias que acompanham essas visitas vão transmitindo. 

É importante realçar que decidimos andar de transportes públicos apenas quando fomos do aeroporto para o centro da cidade e vice-versa, acabando por andar quilómetros e quilómetros - de mapa na mão e por vezes à descoberta - dos quais não me arrependo, ou não seria esta uma viagem para relaxar e sair um pouco da confusão da nossa própria cidade. 

O jantar da última noite estava marcado para a Cervejaria Brasão, bastante elogiada por amigos meus e daí a nossa escolha, onde apenas conseguimos marcação para as 19h e às 20h o restaurante estava completamente cheio. Um ambiente descontraído, com uma decoração tradicional e ao mesmo tempo moderna, e o facto de ser conhecido pelas famosas francesinhas, que apesar de eu não ser grande apreciadora acabei por experimentar, admitindo que para mim valeu me a maravilhosa sangria de frutos vermelhos que a acompanhou. Aconselho vivamente uma visita para os fãs deste prato típico e até para aqueles que tal como eu não lhe conseguem tomar o gosto mais querem ir experimentando, até porque existem mais pratos para além da francesinha. 

Por ser uma viagem de descanso decidimos voltar a casa a seguir ao jantar e por isso mesmo não ficámos a conhecer a noite do Porto (quanto a mim sem qualquer remorso), até porque no dia seguinte ainda queríamos conhecer o que circundava o apartamento, mais precisamente: o famoso Mercado do Bolhão, a movimentada Rua de Santa Catarina e o encantador Café Majestic. 

Trouxe desta visita a fantástica frontalidade da população do norte, sem quaisquer "papas na língua", um agravar da minha ansiedade de andar de avião (da qual falarei numa outra publicação) e a vontade de voltar rapidamente, desta vez de carro para podermos explorar mais à volta da cidade.